Emissão Renascença | Ouvir Online

Novo comandante da GNR promete modernização mas cinto apertado

21 abr, 2014

O tenente-general Manuel Mateus Couto tomou posse esta segunda-feira. Substitui no cargo Newton Parreira que atingiu o limite de idade.

Novo comandante da GNR promete modernização mas cinto apertado

O novo comandante-geral da GNR, tenente-general Manuel Mateus Couto, promete continuar a modernizar mas com racionalização. A mensagem foi deixada no discurso durante a cerimónia de tomada de possa, esta segunda-feira.

“Irei nortear a minha acção considerando como fundamentais os seguintes princípios: racionalização de recursos, modernização de procedimentos, cooperação com outros organismos e proximidade ao cidadão”, afirmou, acrescentando que a sua prioridade será “a prevenção e combate à criminalidade violenta e grave”.

Mateus Couto assumiu ainda a responsabilidade de dirigir uma força com mais de 23 mil homens e que é responsável por cerca de 94% do território nacional, prometendo encarar as limitações e "aproveitar os recursos existentes, sem beliscar a operacionalidade".

A cerimónia foi presidida pelo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que fez questão de sublinhar os bons resultados do combate à criminalidade, reflectidos no relatório de segurança interna de 2013.

Profissionais da GNR esperam que novo comandante mude direcção do antecessor
A Associação dos Profissionais da Guarda (APG) manifestou a esperança de que o novo comandante-geral da GNR marque a diferença em relação ao seu antecessor, a quem acusa de ter protagonizado um “retrocesso civilizacional”.

Em comunicado, divulgado pela Lusa, a APG considera que o mandato que agora termina representa um “retrocesso civilizacional que não tem paralelo nas últimas duas décadas da instituição" e que foi um "entrave claro no processo de humanização, modernização e abertura da GNR à sociedade civil”.

O tenente-general Manuel Mateus Costa da Silva Couto foi o escolhido para suceder a Newton Parreira, que atingiu o limite de idade.
 
A escolha do tenente-general por parte do ministro da Administração Interna provocou a renúncia do segundo comandante-geral da GNR, José Caldeira.