15 abr, 2014 • Hugo Monteiro
Uma pequena “webcam” foi instalada na marginal da Figueira da Foz, em frente à praia, a 50 metros de altura, para observação de ondas pela Internet. Resulta de uma parceria entre o hotel onde a câmara está colocada, o movimento SOS Cabedelo e a Surfline, site de informação sobre surf, onde as imagens são transmitidas em directo.
Antes de sair para a praia pode saber, em tempo real, como está o mar desde o Cabo Mondego até à Praia da Cova.
António Jorge, da Escola de Surf da Figueira da Foz, salienta a vantagem que é “saber, antes de sair de casa, em que praia é que estão as melhores condições”, em vez de “perder tempo a ir à procura. “Antes, percorríamos as praias todas e depois é que decidíamos qual era o melhor sítio”, descreve.
O equipamento também é uma mais-valia para o turismo de surf em Portugal, afirma Eurico Gonçalves, do movimento SOS Cabedelo: “O surf pode e está a combater uma certa sazonalidade do nosso turismo balnear”, já que as cidades da costa portuguesa recebem cada vez mais pessoas fora da época, “principalmente durante os meses de Outono e Inverno, em que as ondas começam a ter mais força”.
O aumento das escolas de surf são também uma clara contribuição para este tipo de turismo em crescimento, acrescenta.
Mais embrionária, mas também a ganhar força, é a atracção de turistas estrangeiros para a costa portuguesa. Para isso, contribuiu a proliferação de hostels.
As origens de quem mais procura as ondas portuguesas são do Norte da Europa, “já que o surf”, afirma Eurico Gonçalves, “é o desporto que mais tem crescido nesses países, inclusivamente nos de Leste. É um mercado a ser explorado, que está ainda na sua infância, mas à medida que for evoluindo vai trazer cada vez mais turistas”.
Além da praia da Figueira da Foz, há mais 11 praias com “webcam”: Leça, Nazaré, Supertubos, Praia Azul, Ribeira das Ilhas, Pedra Branca Reef, Praia Grande, Praia do Guincho, Carcavelos, Cova do Vapor e São Torpes.
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