"Disciplina orçamental é um meio e não um fim"

11 abr, 2014

Presidente da República sublinha a "valiosa contribuição" que Durão Barroso deu para "encontrar soluções, minorar custos e facilitar apoios" a Portugal.

"Disciplina orçamental é um meio e não um fim"

O Presidente da República, Cavaco Silva, afirma que o controlo do défice não deve ser um fim em si mesmo.

Na abertura da conferência "Portugal: Rumo ao Crescimento e Emprego", que se realiza na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, o Presidente lembrou que “as regras da disciplina orçamental visam, acima de tudo, garantir que o crescimento económico e o emprego sejam melhores”.

“A disciplina orçamental é um meio não um fim”, sintetizou.

O chefe de Estado admitiu ainda que a disciplina orçamental veio para ficar, mas alerta para necessidade de uma dimensão social das políticas económicas.

O Presidente da República sublinhou ainda a "valiosa contribuição" que o presidente da Comissão Europeia deu ao longo dos anos para "encontrar soluções, minorar custos e facilitar apoios" a Portugal, considerando que os portugueses "muito lhe devem".

"Posso testemunhar, como poucos, a atenção que o Dr. Durão Barroso sempre prestou aos problemas do país e a valiosa contribuição que deu para encontrar soluções, minorar custos, facilitar apoios e abrir oportunidades de desenvolvimento. Portugal e os portugueses, tal como os outros Estados-membros, muito lhe devem", afirmou.

Também presente nesta conferência, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, defendeu que se deve concentrar esforços na saída da crise. "Não estamos aqui para falar do programa de ajustamento, nem para a saída desse programa. O tempo agora é para concentrar esforços na saída da crise, e no crescimento sustentável e criação de emprego", disse.

O responsável europeu salienta que a União Europeia prepara com Portugal uma parceria com impactos no desenvolvimento e no emprego.