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Ordem dos Engenheiros acusa Governo de desinvestimento na floresta

11 abr, 2014

Bastonário mostra-se preocupado por, neste ano lectivo, apenas sete alunos terem procurado o curso de engenharia florestal.

A floresta cobre um terço do território nacional e, em termo económicos, o sector representa 3% do Produto Interno Bruto, mas nas universidades a procura do curso de engenharia florestal é cada vez menor.

“Cada vez há menos intervenção do Estado nessa área e a prova provada que a desvalorização da engenharia florestal chegou a um ponto altamente preocupante é que, no último concurso, referente ao ano lectivo 2013/2014, foram apenar sete os alunos a procurar a engenharia florestal”, descreve o bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Matias Ramos.

Em declarações à Renascença, este especialista acrescenta que um dos efeitos é a possível menor eficácia no combate aos incêndios florestais.

“A engenharia pode dar um contributo determinante no planeamento do uso e gestão da floresta”, descreve, garantindo que se existirem “intervenções de uma determinada natureza e devidamente enquadrada o risco de incêndio diminui de forma significativa”, garante.

O assunto está em discussão esta sexta-feira. A Ordem dos Engenheiros promove uma conferência dedicada ao tema "Um Contributo da Engenharia para a Defesa da Floresta Contra Incêndios”.