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Ministro condena "ameaças" de capitães e defende Assunção Esteves

11 abr, 2014

José Pedro Aguiar-Branco sustenta que o modelo da sessão solene no dia 25 de Abril na Assembleia da República é "correcto e adequado dando voz àqueles que são em cada ano os eleitos pelo povo português".

Ministro condena "ameaças" de capitães e defende Assunção Esteves
O ministro da Defesa Nacional, Aguiar-Branco, defende que a presidente da Assembleia da República "actuou bem" perante o que considerou as "ameaças" da Associação 25 de Abril quanto à participação na sessão solene comemorativa da revolução.

"Quando se transformam exigências em ameaças não dá bom resultado. Já estamos nas comemorações do 40.º aniversário do 25 de Abril. Já houve outras comemorações, dos 25 anos, dos 30 anos e nunca aconteceu ninguém estipular exigências ou ameaças em relação à Assembleia da República. Eu acho que a senhora presidente da Assembleia da República actuou bem", declarou.

José Pedro Aguiar-Branco respondia a perguntas dos jornalistas, no Museu das Comunicações, Lisboa, à margem da apresentação de um consórcio para produzir e exportar um sistema de comunicações táctico desenvolvido pelo Exército português.

A presidente da Assembleia da República afirmou quinta-feira que convidou a Associação 25 de Abril para estar presente na sessão solene comemorativa da revolução, e que se os militares [Associação 25 de Abril] impõem a condição de falar "o problema é deles".

Sublinhando que não comenta "em concreto as declarações da presidente da Assembleia da República", Aguiar-Branco considerou que "não é aceitável" fazer "ameaças" à Assembleia da República.

O ministro da Defesa sustentou que o modelo da sessão solene no dia 25 de Abril na Assembleia da República é "correcto e adequado dando voz àqueles que são em cada ano os eleitos pelo povo português".

Questionado sobre se considera legítima a pretensão da Associação 25 de Abril, presidida pelo capitão de Abril Vasco Lourenço, Aguiar-Branco respondeu que "não é" e questionou: "por que é que é agora e não foi nos 25 ou nos 30 anos?".

"O 25 de Abril é de todos e a Assembleia da República é a [assembleia] de representantes do povo português eleitos legitimamente em sufrágio directo e universal. Esse é o espaço por excelência da democracia", defendeu.