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Universidades do Norte unem-se para atrair investimento

10 abr, 2014 • Olímpia Mairos

As universidades do Porto, do Minho e de Trás-os-Montes e Alto Douro querem abrir as universidades ao mundo, atraindo financiamento europeu. Para o futuro, não está de parte uma colaboração em áreas como a mobilidade de professores e alunos.

As universidades do Porto (UP), do Minho (UM) e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) assinam, esta quinta-feira, um “memorando de entendimento”, patrocinado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), que tem como grande objectivo a apresentação de projectos comuns ao programa europeu 2020, podendo, mais tarde, evoluir para uma parceria mais estreita entre as três instituições. 

O reitor da UTAD, António Fontaínhas Fernandes, refere que o acordo entre as três instituições universitárias vai “permitir melhores formatos de cooperação estratégica, complementaridade de oportunidades do ponto de vista do ensino e da investigação, e desenhar modelos mais integrados entre as três instituições no próximo quadro comunitário”.

Além da atracção de financiamento europeu, a parceria das universidades do Norte poderá evoluir para uma colaboração noutras áreas, como a mobilidade de professores e alunos.

António Cunha, reitor da Universidade do Minho, sublinha que, com este acordo, as universidades reforçam os laços de cooperação sem perderem as suas “marcas identitárias”.

“Continuam a ser três universidades independentes, com projectos próprios”, refere, sublinhando, no entanto, haver projectos que “podem e devem ter pontos de articulação”, nomeadamente na “atracção de estudantes estrangeiros, em grandes projectos de investimento, na definição do alinhamento dos objectivos estratégicos da região”, evidencia.

A lógica, destaca, é a de “universidades abertas ao mundo, mas com um quadro de compromisso e de comprometimento muito grande com o desenvolvimento regional”.

Um exemplo a seguir
O acordo entre as instituições de ensino superior do Norte é elogiado pelo presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP). António Rendas considera-o como “um exemplo” a "ser seguido por outras instituições nacionais de ensino superior".

"Representa a colaboração entre as universidades e a região, o que é uma coisa que toda a gente andava a dizer, mas que ainda não tinha sido feita”, sustenta.

O memorando de entendimento é assinado esta quinta-feira ao início da tarde, nas instalações da CDDR-N, no Porto. Na sessão deve estar presente o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, que tem a tutela dos fundos comunitários.