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Ribeiro Cristóvão

Acto final

18 nov, 2013 • Ribeiro Cristóvão

Na véspera de nova subida ao palco, apenas se pode desejar que tudo termine em apoteose e haja festa amanhã à noite em todo o mundo lusíada.

Marcámos um golo, não houve castigos que pudessem provocar ausências indesejáveis para o jogo da segunda mão em Solna, a moral está em alta: tudo isto permite concluir que estão reunidas condições para chegarmos ao sucesso nesta fase tão crucial de apuramento para o Campeonato do Mundo de Futebol do próximo ano.

De facto, o desafio do estádio da Luz abriu uma janela de esperança, o que não nos liberta da obrigação de assumir todas as cautelas.
Está dado um primeiro e importante passo, mas nada está ganho por enquanto, faltando mais noventa minutos em que muita coisa pode acontecer.

A atitude da selecção portuguesa, sobretudo aquela que marcou a segunda parte do desafio de sexta-feira, deixou bem à vista a superioridade dos comandados de Paulo Bento frente a uma equipa sempre à espera de que a sua estrela maior pudesse dar ao jogo um sinal contrário.

Felizmente, foi a nossa estrela maior o principal motor do desequilíbrio, e que esperamos venha a repetir na Suécia a noite afirmativa do jogo inaugural do play-off.

Apesar das muitas sugestões que têm chegado ao seleccionador nacional todos os dias, e nós próprios entendemos que algumas alterações no onze inicial pudessem vir a ser susceptíveis para assim lhe transmitir a capacidade que esteve por vezes ausente no estádio do Benfica, Paulo Bento não vai mexer no grupo que tem merecido a sua confiança nas batalhas em que tem estado envolvido.

E o bom senso talvez recomende que essa deva ser a linha a seguir, porque mexer numa estrutura que está montada há muito, poderá ser um risco que a selecção não deve correr em momento tão decisivo.

Aguardemos, esperando que a nossa selecção se imponha, e seja capaz de cumprir a vontade do seu líder que é exactamente de voltar a defrontar a Suécia com o pensamento apenas na vitória, e não guardar a escassa vantagem com que partiu de Lisboa.

O primeiro acto da peça terminou com a plateia a aplaudir de pé o bom desempenho de todos os figurantes. Na véspera de nova subida ao palco, apenas se pode desejar que tudo termine em apoteose e haja festa amanhã à noite em todo o mundo lusíada.