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Terça à Noite

"É preciso mexer na lei da greve"

10 jul, 2012 • Raquel Abecasis

Presidente do CCB dá como exemplo a greve dos médicos e diz que esta paralisação é "nociva". Sobre a RTP, diz que "não presta".

"É preciso mexer na lei da greve"
Referindo-se à greve dos médicos, o Presidente do Centro Cultural de Belèm diz que estas greves “são nocivas e lesivas do interesse nacional”. Em entrevista ao programa Terça à Noite, Vasco Graça Moura defende também a privatização da RTP, afirma que é indispensável uma suspensão do acordo ortográfico e, a apropósito da licenciatura de Miguel Relvas, critica os efeitos da aplicação do Processo de Bolonha.
"É preciso mexer na lei da greve"

Em entrevista ao programa “Terça à Noite”, da Renascença, Vasco Graça Moura defendeu que “falta uma legislação que permita equilibrar o interesse colectivo com o interesse corporativo”. Referindo-se à greve dos médicos, o presidente do Centro Cultural de Belém diz que estas greves “são nocivas e lesivas do interesse nacional”, razão pela qual defende que se devia “modificar” a lei da greve.

Na Renascença, o ex-secretário de Estado e eurodeputado, sempre pelo PSD, defendeu também a privatização da RTP, que diz ser necessária ao equilíbrio das contas. Graça Moura vai mais longe: “A RTP não presta, pura e simplesmente”.

O ex-director da RTP-2 (em 1978) diz que a privatização da estação pública deve acautelar que o serviço público seja cumprido, com contratos “muito exigentes” nos outros canais de televisão.

Vasco Graça Moura considera indispensável que o acordo ortográfico seja alvo de uma pausa para impedir uma situação pior: a existência de "três grafias diferentes do português".

Já quanto ao caso da licenciatura do ministro Miguel Relvas, Graça Moura diz que este “é um dos graves defeitos do processo de Bolonha, que pode levar a situações como esta”. Refera ainda que esta é uma licenciatura que “não faz sentido, mas a verdade é que o quadro legal o permite - portanto, o que não faz sentido é o quadro legal”.