David Justino

Modelo de avaliação dos professores foi substituído por “modelo nenhum”

13 nov, 2013 • Raquel Abecasis

Presidente do Conselho Nacional de Educação considera que um dos problemas principais do sistema de educação é o de “ter recursos humanos a mais” e considera que a escola pública em Portugal só pode “progredir” quando puder “escolher os melhores professores”.

Modelo de avaliação dos professores foi substituído por “modelo nenhum”
O presidente do Conselho Nacional de Educação disse, em entrevista à Renascença, que juntamente com a prova de acesso que o Ministério agora propõe aos professores, é “indispensável” que nos dois primeiros anos “os professores sejam avaliados na sala de aula”. David Justino considera que um dos problemas principais do sistema de educação é o de “ter recursos humanos a mais” e considera que a escola pública em Portugal só pode “progredir” quando puder “escolher os melhores professores”.
David Justino, presidente do Conselho Nacional de Educação, diz em entrevista ao programa “Terça à Noite”, da Renascença, que juntamente com a prova de acesso que o Ministério agora propõe aos professores, é “indispensável” que nos dois primeiros anos “os professores sejam avaliados na sala de aula”.

O ex-ministro da Educação considera que, neste momento, “não há modelo nenhum” de avaliação, o que ficou do modelo anterior “conta muito pouco”, porque “houve o abdicar de um conjunto de princípios que deturpou de certa forma o que era um modelo que podia ser trabalhado”.

David Justino considera que um dos problemas principais do sistema de educação é o de “ter recursos humanos a mais” e considera que a escola pública em Portugal só pode “progredir” quando puder “escolher os melhores professores”, afirmando que “há professores bons, mas não são todos bons”.

Já quanto à qualidade do ensino, o presidente do Conselho Nacional de Educação considera que tem havido uma evolução positiva comprovada nas avaliações internacionais, mas esta evolução não tem correspondência nos resultados dos alunos, porque os exames não são “comparáveis” de uns anos para os outros.

“São exames de autor, em que se encarrega uma equipa de fazer um exame, as perguntas são testadas, mas o modelo não corresponde a um padrão”. Por isso, conclui: “Os testes dão muitas negativas porque vão para além do que seria expectável.”