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Empresas municipais em Lisboa foram um erro da gestão Sampaio

25 set, 2013 • Raquel Abecasis

João Soares assumiu que, na primeira fase da gestão Sampaio no município lisboeta, se criaram muitas empresas municipais, “praticamente uma por pelouro”.

Num debate no programa "Terça à Noite" da Renascença, o ex-presidente da Câmara João Soares assumiu que, na primeira fase da gestão Sampaio no município lisboeta, se criaram muitas empresas municipais, “criou-se praticamente uma empresa municipal por pelouro, por razões que tinham que ver com as dificuldades legais de concretizar obra e despesa em certos sectores”.

João Soares diz que as empresas municipais foram um erro e que na sua opinião “deviam ser todas extintas”.

Neste debate, em que os ex-presidentes de câmara João Soares e Carlos Encarnação abordaram as várias questões que têm que ver com os municípios, ambos concordaram na necessidade de fazer uma reforma administrativa, mas não a que foi lançada por Miguel Relvas.

Carlos Encarnação diz mesmo que “quando se quer fazer uma reforma tem que se conquistar as pessoas para essa reforma, não se pode fazer uma reforma contra tudo e contra todos”, diz o autarca social-democrata que “em Portugal não há a tradição de se saber reformar”.

Os ex-presidentes de câmara foram também unanimes em considerar que estas autárquicas estão marcadas por uma difusão de candidatos independentes que se apresentam contra os “dictats” dos partidos políticos e que isso no futuro vai ter que mudar necessariamente.