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Portugueses estão "alinhados" com o caminho do país

11 jun, 2013 • Raquel Abecasis

Em entrevista à Renascença, o consultor do Governo António Borges não vê sinais de falta de coesão em Portugal.

Portugueses estão "alinhados" com o caminho do país
Em entrevista em Junho ao Programa Terça à Noite, da Renascença, António Borges considerava que “o que há, de mais construtivo em Portugal, é que há da arte dos portugueses um certo reconhecimento de que a situação não podia continuar como estava”. O consultor do governo para as privatizações, que faleceu este domingo, dizia não ver sinais de falta de coesão em Portugal.

Os portugueses reconhecem que “a situação não podia continuar como estava” e estão “muito alinhados” com o rumo do país, defende António Borges, em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença.

O consultor do Governo para as privatizações considera que “o que há de mais construtivo em Portugal, é que há da parte dos portugueses, não só dos trabalhadores e em particular dos desempregados, mas também das famílias, um certo reconhecimento de que a situação não podia continuar como estava”.

António Borges diz não ver sinais de falta de coesão em Portugal. “Vejo as pessoas até muito alinhadas nos seus comportamentos com a necessidade de pôr o país na linha”, sustenta.

Nesta entrevista à Renascença, o ex-responsável do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Europa diz ser “impensável” uma crise política neste momento.

O economista sai em defesa de Cavaco Silva, afirmando que a posição do Presidente da República “não tem nada que ver com preferências políticas ou partidárias”, mas com o reconhecimento de que ir para eleições agora seria “absolutamente catastrófico”.

Sobre o chumbo do Tribunal Constitucional a algumas medidas do Orçamento do Estado, António Borges diz, como economista, não entender a decisão e afirma que estas decisões são “um obstáculo ao nosso progresso mais rápido”.

O consultor do Governo considera ainda que “não há alternativa” ao caminho que o país está a percorrer e diz-se um “moderado” na sua opção pela baixa de salários, já que, os que defendem outro caminho, como o Nobel da Economia Paul Krugman, receitam uma descida de “30 a 40% dos salários”, tal como aconteceria caso Portugal saísse do euro.