07 mai, 2013 • Raquel Abecasis
O ministro da Educação explica que a recente decisão do Tribunal Constitucional levou a que “tudo tivesse que ser reequacionado” e, portanto, ao contrário do que chegou a prometer, Nuno Crato diz agora que “as 40 horas e a mobilidade especial são para aplicar a todos”.
Em entrevista ao programa “Terça à Noite”, da Renascença, Nuno Crato garante, no entanto, que estas medidas “não podem pôr em causa a preparação do próximo ano lectivo”. Segundo o ministro, “temos que ver o que é que pode ser aplicado, que não tenha efeitos na preparação do próximo ano lectivo”.
Nuno Crato admite que os professores sem turma possam vir a ocupar-se de parte das actividades extra curriculares e diz que está a tentar encontrar forma de que os pais não tenham que “comparticipar financeiramente” nestas actividades, mas não exclui em absoluto essa hipótese.
O ministro adianta ainda que está a ultimar uma proposta para levar a Conselho de Ministros que “altere algumas disposições de Bolonha” que, na prática, facilitam casos de licenciaturas como a do ministro Miguel Relvas.
Quase dois anos depois de assumir a pasta da Educação, Nuno Crato mantém que o Ministério é “um monstro burocrático” que devia ser “implodido".
“Acho que sim. Ainda acho no seguinte sentido, vamos agora deixar a parte mais folclórica desta discussão e passar aos factos: um dos aspectos em que nós temos trabalhado aqui no Ministério e em que eu digo que não estou contente, acho que temos muitíssimo mais a fazer nestes aspecto é o de dar maior autonomia às escolas e reduzir o peso centralizador do Ministério. Para as minhas ambições tenho pouco [caminho feito nesse sentido]”, admite o governante.