15 mar, 2011
O primeiro-ministro defende a tese de que o anúncio destas medidas para 2011 não contraria o acordo orçamental estabelecido com o PSD, bem pelo contrário, destinam-se precisamente a garantir o cumprimento das metas orçamentais.
José Sócrates defendeu também que o anúncio das medidas adicionais de austeridade foi feito na altura certa: antes da cimeira de líderes europeus onde vão ser discutidas alterações às regras de recurso a fundos de resgate da dívida.
Na resposta, pelo principal partido da oposição, o secretário-geral social-democrata Miguel Relvas acusou hoje o Governo de esconder que falhou nos objectivos com que se comprometeu perante o país e a União Europeia e que fez já um, não assumido, pedido de ajuda externa.
Este é tema para o Destaque no Edição da Noite, onde se olhará também para o Japão. A autoridade de segurança nuclear francesa insiste em que o acidente nuclear é mais grave do que é reconhecido pelo governo de Tóquio.
No terreno, prossegue a contagem de vítimas mortais do sismo de sexta-feira, o último balanço aponta para quatro mil mortos já encontrados, mas o número não incluiu ainda os dois mil cadáveres encontrados hoje em Miyagi.
As autoridades temem que o número final ultrapasse os 10 mil mortos. No plano económico contabilizam-se também os efeitos deste acidente natural no Japão.
A maioria dos analistas sustenta que economia japonesa deverá entrar em recessão no curto prazo, mas voltará ao crescimento graças aos esforços de reconstrução.
No Falar Claro, o social-democrata Morais Sarmento comenta a actualidade política, marcada pela declaração ao país do primeiro-ministro José Sócrates.