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Economia portuguesa vai derrapar mais que o previsto

22 nov, 2011

O ministro das Finanças afirma que as projecções macroeconómicas foram revistas durante a última missão da troika, esperando agora uma queda de 1,6% do PIB este ano, em vez de 1,9% e 3% em 2012, isto em vez de 2,8%.

Vítor Gaspar fechou, no Parlamento, o período de audições dos ministros sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2012, isto depois da última visita da troika.

Uma visita concluída a semana passada, em que o FMI, Comissão Europeia e BCE deram parecer positivo à segunda avaliação do programa português, mas que levou à incorporação do cenário macroeconómico incluído no orçamento que, como foi revelado, apresenta agora uma maior disparidade entre 2011 e 2012.

Vítor Gaspar explica que os ajustes no cenário indicam que a queda acumulada nos dois anos será, no entanto, semelhante ao já previsto, e assim que não espera impactos significativos sobre o orçamento. Este é o tema para ampliar no Destaque da Edição da Noite.

A palavra crise instalou-se no discurso político e tomou conta do vocabulário comum, mesmo entre as crianças. Os especialistas consideram que a crise pode até ser uma oportunidade para formar gerações mais responsáveis. A jornalista Catarina Santos foi ouvir diagnósticos de miúdos e crescidos sobre o momento que o país atravessa. "Quem seremos depois da crise?" é uma reportagem multimédia de Catarina Santos que pode ver no site da Renascença.

Já o presidente da divisão portuguesa da Siemens insiste na necessidade de um novo Aeroporto de Lisboa e garante que a sua companhia está disposta a entrar no financiamento do projecto. Em entrevista a José Pedro Frazão, Carlos Melo Ribeiro diz compreender o travão no investimento público, mas alerta que Portugal não se pode fechar ao Mundo. Para este gestor, Portugal tem que abrir portas ao turismo sénior, lazer e congressos. Melo Ribeiro incentiva ainda os jovens quadros mais qualificados a emigrarem.

Nesta emissão também o debate político no Falar Claro, com José Vera Jardim e Nuno Morais Sarmento, moderado pela jornalista Lidia Magno.