Sindicatos acusam GNR de agredir piquete de greve da Scotturb

31 out, 2012

A greve de 24 horas dos trabalhadores da Scotturb teve início às 3h00 e pode afectar a circulação dos transportes públicos rodoviários em Sintra, Cascais e Oeiras. 

A Federação dos Sindicatos dos Transportes Rodoviários (Festru) acusou a GNR de agredir membros do piquete de greve dos trabalhadores da Scotturb, em Cascais. A força policial não confirmou o caso à Lusa.

De acordo com o sindicalista Luís Venâncio, cerca das 5h30, os militares da Guarda Nacional Republicana impediram o piquete de greve de abordar trabalhadores que estavam a iniciar o dia de trabalho. "Querem que nos afastemos da entrada e os membros do piquete que estavam a falar com os polícias foram agredidos com cassetetes", disse.

Paulo Machado, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), afirmou à Lusa que os trabalhadores que aderiram à greve "não provocaram" as forças policiais que se encontram à porta da empresa.

"Empurram-nos e deram-nos socos porque querem evitar que o piquete aborde os motoristas que estão a sair com as viaturas. Eu próprio fui agredido", acusou.

De acordo com o oficial de dia do Comando Geral da GNR, "os trabalhadores que estão em greve tentaram impedir autocarros" de sair das instalações
da empresa. No entanto, adiantou "não conseguir confirmar" se houve agressões dos agentes da autoridade aos trabalhadores.

A greve de 24 horas dos trabalhadores da Scotturb teve início às 3h00 e pode afectar a circulação dos transportes públicos rodoviários em Sintra, Cascais e Oeiras.

Os trabalhadores exigem actualizações salariais e melhores condições de segurança e de higiene, incluindo a instalação de cabines de protecção aos motoristas nas viaturas que circulam em "zonas identificadas como de maior risco". Os trabalhadores exigem ainda que a empresa arquive um processo disciplinar levantado na sequência de um caso ocorrido durante a última greve, em 3 de Outubro, no qual um funcionário está acusado de ter agredido outro que não aderiu à paralisação.