08 jul, 2014 • Raquel Abecasis
Rui Rio diz que é inconcebível que até agora a justiça não tenha dado um único sinal sobre o que se está a passar no Banco Espírito Santo.
"Acha normal que, com tudo o que se passa no Banco Espírito Santo, não haja um sinal da justiça de que está preocupada? Não estou a dizer para constituir alguém arguido, mas que haja um mínimo de preocupação com tantos milhões e tantos milhões", afirma em entrevista ao programa "Terça à Noite" da Renascença.
O ex-presidente da Câmara do Porto diz mesmo que o silêncio da justiça em casos como este dá bem o sinal do "descrédito" em que está o sistema.
Rio diz mesmo que, "se neste caso nada for feito", haverá "um encontrão enorme na credibilidade de tudo isto e na desmoralização das pessoas face ao sistema".
Para Rui Rio, a promiscuidade entre política e negócios, de que este caso é exemplo, deve-se também à falta de "qualidade" e "convicções" dos políticos.
"É evidente que quem chega ao poder ou quem vai chegando aos diversos poderes sucumbe facilmente perante os poderes fáticos instalados porque não tem a força das convicções", atira.
Nesta entrevista à Renascença, Rui Rio admite ser candidato a líder do PSD ou a Presidente da República "se as coisas no país evoluírem de tal forma” que seja "absolutamente claro que há muito gente" que o deseje nessas funções.