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Descoberta de portugueses pode fazer a diferença no tratamento do AVC

23 out, 2012

Investigação de Sofia Oliveira e José Ferro consistiu em procurar alterações no genoma que torna as pessoas mais susceptíveis, ou que os protegem contra a doença.

Dois investigadores portugueses do Instituto de Medicina Molecular identificaram os genes associados ao Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquémico e descobriram que existem diferentes subtipos da doença.

A investigação de Sofia Oliveira e José Ferro consistiu em procurar alterações no genoma que tornam as pessoas mais susceptíveis, ou que os protegem contra a doença.

No meio de cerca de três milhões de variantes genéticas investigadas, os cientistas conseguiram identificar um pequeno número que tem essa propriedade de alterar o risco de ter um AVC.

O estudo, recentemente publicado na revista “The Lancet Neurology” veio reforçar a ideia de que há diferentes mecanismos que levam ao AVC isquémico.

"Em termos práticos, isto implica que a terapêutica pode ter eficácias diferentes consoante o subtipo de AVC", disse a investigadora.

O AVC isquémico é uma das principais causas de morte, de défice neurológico e incapacidade física persistentes no adulto, responsável também por um grande número de casos de declínio cognitivo e demência, relacionada com a idade.