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Novos dadores de sangue salvaram reservas durante o Verão

25 set, 2012

Mais de oito mil pessoas deram sangue, pela primeira vez, em Julho e Agosto e assim diminuíram o impacto da quebra entre os dadores inscritos que se regista desde o ano passado.

Novos dadores de sangue salvaram reservas durante o Verão

Muitos dadores de sangue continuam reticentes, mas os novos dadores salvaram a campanha de Verão do Instituto Português de Sangue (IPS) e o país está nesta altura com reservas razoáveis.

No balanço feito esta terça-feira, Hélder Trindade contou mais de oito mil pessoas que deram sangue pela primeira vez em Julho e Agosto e assim diminuíram o impacto da quebra entre os dadores inscritos que se regista desde o ano passado.

“Nós tivemos 4.991 dadores inscritos, dos quais 8.486 foram dadores da primeira vez, o que corresponde a 18,5% de novos dadores”, revela.

O responsável considera que foi ultrapassado um período habitualmente difícil, os meses de Verão, mas também reconhece que dos 10.500 dadores inscritos que foram contactados por telefone para dar sangue, mais de dois mil recusaram fazê-lo.

O lado bom é que aumentou o número de novos dadores e em média são dez anos mais novos que os dadores inscritos.

Instituto Português do Sangue não planeia nenhum corte às associações
O Instituto Português do Sangue revela que não está a contar com nenhum corte às associações de dadores depois de a “troika” ter posto na mesa um eventual corte dos apoios públicos a associações privadas.

Hélder Trindade reconhece que esse corte poderia ser problemático, mas espera pela aprovação do orçamento do instituto para o ano que vem, que mantém o financiamento às associações de dadores na ordem dos 600 mil euros.

“A nossa proposta de orçamento está em discussão e como tal já comporta o financiamento às associações. Até agora não tenho a indicação de que aquela rubrica sofra cortes”, afirma o presidente do IPS.

“Considero que efectivamente um corte que seja sério poderá causar dificuldades nas associações que têm sedes, que têm encargos com electricidade, que têm pessoal que esta a trabalhar. Como tal, não me parece uma situação que se irá concretizar”, diz.