19 jun, 2012
Os doentes "esperam tempo de mais por uma cirurgia" nos hospitais oncológicos, reconhece o ministro da Saúde, que promete actuar para reduzir os tempos máximos de espera quando as intervenções são consideradas urgentes.
Paulo Macedo diz que essa é uma prioridade do Governo: “Relativamente aos tempos máximos, temos que dedicar uma especial atenção às cirurgias mais urgentes. Vai ser a nossa prioridade, dentro das restrições orçamentais, mas vai sem dúvida ser dada prioridade a podermos melhorar essa situação”.
“Com mais recursos, mesmo nestes tempos, vamos ver como esse panorama pode ser alterado”, assegurou o ministro, em Aveiro, num comentário à auditoria divulgada na segunda-feira pelo Tribunal de Contas aos três institutos de oncologia.
O IPO de Lisboa reconhece que metade dos seus doentes oncológicos é operada depois do prazo recomendado. Em comunicado, o instituto diz que os tempos médios de espera têm vindo a reduzir-se, mas muitas cirurgias demoram ainda demasiado. A administração promete melhorar este cenário.
Em 2010, segundo o relatório do Tribunal de Contas, 55% dos doentes oncológicos ultrapassavam os tempos máximos de espera para serem operados no IPO de Lisboa. A 31 de Maio deste ano, os doentes esperavam em média 23 dias.
Se a redução dos tempos de espera é uma prioridade, já a fusão dos três institutos não é, para o ministro da Saúde, uma questão essencial, pelo menos para já.