A Companhia Nacional de Bailado (CNB) realiza-se, esta quarta-feira, no Teatro Camões, em Lisboa, mais um ensaio geral solidário, a reverter, desta vez, para a Associação Alzheimer Portugal.
O espectáculo vai apresentar as peças “La Valse” e “A Sagração da Primavera”. Os
ensaios gerais da Temporada 2011/2012 revertem a favor de instituições capazes de dinamizar campanhas de donativos em troca de acessos ao último período de trabalho antes da estreia de cada programa, refere a CNB.
Estima-se que sejam 90 mil os portugueses que sofrem de Alzheimer. A doença neurodegenerativa não tem cura, mas o alerta dos primeiros sinais e o diagnóstico precoce podem fazer a diferença.
“Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais há a fazer. Não que a doença tenha cura, mas é possível retardar a evolução e os efeitos”, refere à
Renascença a presidente da Associação Portuguesa de Amigos e Familiares de Pessoas com Alzheimer, Rosário Zincke.
Os efeitos começam pela perda de memória e chegam à perda de capacidades como a fala. Mas podem ser atenuados com fármacos e terapias ou actividades ocupacionais, como as proporcionadas nos Centros de Dia da Associação Alzheimer, que se prepara para, em breve, abrir portas a duas novas unidades.
Rosário Zincke considera que “há muito pouca coisa ao nível nacional, específica para esta população, porque é muito exigente”.
Viver com Alzheimer A
Renascença visitou um lar do concelho de Sernancelhe, onde falou com uma idosa que sofre de Alzheimer.
Maria Amélia Martins está no lar do Sagrado Coração de Maria, em Ferreirim, concelho de Sernancelhe, desde o início deste ano. Casada com dois filhos, e dois netos está na instituição por causa da “doença ruim”.
Longe do marido, Maria Amélia tem vindo a entristecer, mas tenta manter uma vida activa no lar.
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