Medicamentos mais eficazes contra mutações da SIDA

Dois investigadores portugueses, inseridos num grupo internacional de cientistas, descobrem duas classes de composto que permitem prolongar a eficácia dos medicamentos contra à SIDA. 

A nova descoberta traz benefícios não só terapêuticos, como também, monetários. Um dos cientistas portugueses, Miguel Xavier Fernandes, explica que o novo composto dura mais tempo, e que “não é necessário comprar novos medicamentos”, situação que torna os tratamentos menos dispendiosos.

Os novos compostos produzidos, que ainda demoram alguns anos até chegarem à comercialização, são eficazes contra mutações do vírus da SIDA, afirma o Miguel Xavier Fernandes. "Os medicamentos comerciais utilizados atuam contra a protéase do HIV, que é uma proteína que sofre mutações ao longo do ciclo de progressão da doença e, geralmente, vêem a sua eficácia diminuída quando esta sofre mutações", explicou o cientista.

As primeiras fases da investigação de mais de 750 mil euros (1 milhão de dólares) foram bem-sucedidas, anuncia Miguel Xavier Fernandes. O investigador explica que faltam agora realizar “os ensaios clínicos que levarão seguramente três ou quatro anos” e que “estarão ao alcance de eventuais empresas farmacêuticas interessadas”.

O cientista português destaca a importância do registo das patentes da investigação, e refere que o processo de um novo composto é muito dispendioso e de longa duração.