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"Centro de saúde não fechou nenhum", afirma ministro

25 jul, 2015

Paulo Macedo explica que "fecharam extensões, designadamente e maioritariamente, por reorganização para dar melhores condições às pessoas".

"Centro de saúde não fechou nenhum", afirma ministro

Nenhum centro de saúde encerrou nesta legislatura, apenas fecharam extensões para dar melhores condições aos utentes, afirmou este sábado o ministro da Saúde.

"Centro de saúde não fechou nenhum, extensões fecharam, designadamente e maioritariamente por reorganização para dar melhores condições às pessoas", afirmou Paulo Macedo, ao ser questionado sobre o número de centros e extensões de saúde encerradas pelo Governo.

Após a inauguração do novo centro de saúde de Alvaiázere, o ministro adiantou que o Governo, de coligação PSD/CDS-PP, conseguiu "abrir dezenas de centros de saúde".

"Há uma coisa que deve ser esclarecida de uma vez por todas, é que para abrirem unidades de saúde familiar, houve que concentrar extensões e, portanto, serviços de saúde com esta dimensão por exemplo e com outros de outra dimensão obrigam, para poderem criar-se unidades de saúde familiar, para dar melhor serviço, precisa de concentrar e, designadamente, fechar extensões", explicou.

O governante destacou o empenho do Executivo, liderado por Passos Coelho, na contratação de médicos, apesar de ainda faltarem, o que vai também suceder no próximo ano.

"Agora, o esforço que tem sido feito pelo Governo de recrutar todos os médicos disponíveis que há no mercado, designadamente de medicina geral e familiar, dando emprego a todos os que acabam o seu curso - a única situação em que isso acontece em Portugal - independentemente do esforço financeiro, isso é algo que este Governo fez consecutivamente nestes quatro anos", observou.

Paulo Macedo realçou, também, a contratação de enfermeiros, sendo 2015 "um dos anos em que recrutámos mais enfermeiros de sempre" no país.

"Já recrutámos cerca de 1.100 enfermeiros, iremos até aos 1.500 nos próximos dois meses, três meses e abrimos um concurso para mais mil enfermeiros", declarou, assinalando que, "dentro das restrições em tempos completamente anormais", o Governo não só conseguiu mais recursos para a saúde, como apresenta indicadores de saúde "muitíssimo melhores" desde há quatro anos.

O novo centro de saúde de Alvaiázere, um investimento de 1,3 milhões de euros, permitiu, segundo a presidente da câmara, Célia Marques, criar "condições para prestar melhores cuidados de saúde à população com os níveis de conforto necessários".

Célia Marques adiantou que este espaço vai servir 7.200 utentes, pedindo ao ministro para atender "a uma dificuldade sentida em Alvaiázere e em muitos territórios de baixa densidade", a falta de médicos e de administrativos.

"Torna-se necessário um reforço da discriminação positiva destes territórios para que os profissionais de saúde se sintam atraídos e queiram exercer a sua profissão aqui", apelou a autarca, que entregou uma unidade móvel aos serviços de saúde "para ir ao encontro daqueles que, por motivos de saúde ou outros, não possam deslocar-se" ao edifício.

A deslocação de Paulo Macedo a Alvaiázere inclui a visita às instalações da Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Misericórdia local e uma homenagem ao benemérito José Mendes de Carvalho.