12 mai, 2015 • José Carlos Silva
Uma utente do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, queixa-se que teve de transportar o avô em braços dentro do hospital por não lhe ter sido disponibilizada uma cadeira de rodas para esse efeito no último sábado.
A denúncia foi feita à Renascença por Susana Maria Lima. A queixosa diz que chegou de manhã ao hospital com o seu avô, como é seu hábito, mas pela primeira vez viu-se confrontada com a rejeição de um pedido para que fosse disponibilizada uma cadeira de rodas para o idoso de 94 anos, que para se deslocar precisa de canadianas.
O hospital "estava praticamente vazio". "Tinha uma pessoa na sala de espera, o que é um achado, e não se viam cadeiras a circular", conta. "Estranhei que me tivessem dito que não havia cadeiras, estando o hospital vazio."
"Então, ele teve de ir pendurado nos nossos braços bastantes metros até o local da colheita. Como ele chegou lá extremamente cansado, resolvi voltar ao balcão e perguntar se já tinham chegado, ao que me foi dito simplesmente que não."
"Avisaram-me entretanto para desistir", conta. Susana foi informada por uma "pessoa dos serviços da zona de colheita, e não do balcão central", que havia "novas ordens da direcção para que as cadeiras de rodas não circulassem aos fins-de-semana".
O problema acabou por ser resolvido com recurso a uma cadeira de escritório com rodas disponibilizada por uma funcionária, que ficou a trabalhar de pé. Essa mesma cadeira acabou por ser usada para conduzir o utente de volta até à saída do hospital.
O gabinete de relações públicas do Centro Hospitalar Norte não confirma, nem desmente o caso denunciado por Susana Maria Lima. À Renascença, explicou apenas que será analisada a reclamação que foi apresentada por escrito e que será dada resposta apenas à queixosa.
[Notícia corrigida às 20h37]