Centros de saúde chamam crianças com vacinas do sarampo em atraso
26 fev, 2015
OMS lançou um apelo aos políticos, profissionais de saúde e utentes para que potenciem a vacinação contra o sarampo nos grupos de risco.
As crianças portuguesas com as vacinas contra o sarampo em atraso e vivam em zonas onde a cobertura não é óptima vão ser chamadas pelos centros de saúde para actualizarem esta medida.
Caberá aos centros de saúde em zonas que não são consideradas óptimas em termos de vacinação contra o sarampo identificar as crianças com as vacinas em atraso e chamá-las para receberem as tomas em falta.
O Plano Nacional de Vacinação (PNV), através do qual o Serviço Nacional de Saúde (SNS) administra gratuitamente a vacina, prevê a primeira dose aos 12 meses e a segunda entre os cinco e os seis anos.
No caso dos pais que não aceitem o convite dos centros de saúde para vacinarem os seus filhos, estes deverão assinar um termo de responsabilidade. Se não o fizerem, esta decisão será registada pelos serviços de saúde.
A subdirectora-geral da Saúde confirma que Portugal tem taxas de cobertura nacional muito elevadas, o que não quer dizer que em determinadas populações não existam bolsas de risco. De acordo com Graça Freitas, a medida vai avançar brevemente e visa impedir que Portugal deixe de ter a actual cobertura vacinal, que é superior a 95%.
OMS lança alerta A decisão da autoridade de saúde surgiu numa altura em que a secção europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um apelo aos políticos, profissionais de saúde e utentes para que potenciem a vacinação contra o sarampo nos grupos de risco.
Desde 2014, sete países europeus registaram 22.149 casos de sarampo, segundo a ONU. Nos Estados Unidos estão doentes cerca de 120 pessoas, em 14 estados.
No passado dia 18, uma criança de 18 meses morreu com sarampo na Alemanha, país que enfrenta o pior surto nos últimos anos desta doença altamente contagiosa.
De acordo com a OMS, o sarampo provocou 145.700 óbitos em 2013, comparativamente aos 122 mil registados em 2012.
Em Portugal, desde 2004 que não existem casos de sarampo. Os casos registados tiveram origem no estrangeiro.