18 dez, 2014 • Manuela Pires
São sementes da família das couves e da mostarda e podem ter nova morada em breve: uma equipa de jovens universitários do Porto quer levá-las para Marte. E pode consegui-lo: formam uma das dez equipas finalistas da competição mundial "Mars One".
A equipa vencedora tem a hipótese de levar uma experiência para Marte, em 2018, numa missão não tripulada. Os resultados serão conhecidos a 5 de Janeiro.
Guilherme Aresta é um dos elementos da equipa SEED. Estuda engenharia biomédica na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. À Renascença explicou como tudo poderá funcionar: "As sementes vão para o planeta vermelho numa caixa do tamanho de uma caixa de sapatos. Dentro dessa caixa há outras mais pequenas onde estão as sementes. Elas vão ser germinadas em Marte após a injecção de um meio que contenha água e os meios necessários para o crescimento".
As instruções para germinar as sementes serão enviadas a partir da Terra. Teresa Araújo, outra estudante universitária que integra esta equipa, diz que "a informação é passada através da central do Rover, depois através de imagens e dos sensores é possível ver se tudo está a correr bem". "Caso contrário, alteramos os sinais".
Esta equipa de estudantes universitários do Porto está a competir com mais nove equipas – cinco dos Estados Unidos, uma do Reino Unido, uma da Índia, uma equipa da Austrália e uma da Alemanha.
O vencedor é escolhido via internet. A votação pode ser feita nas redes sociais. Por exemplo no Facebook, basta entrar na página "Seed for Mars" e fazer "Gosto".
A Mars One é uma fundação sem fins lucrativos holandesa que pretende estabelecer a primeira base humana em Marte antes de 2030. Em 2018 vai ser enviada uma missão não tripulada que vai levar a carga experimentar da equipa universitária vencedora.