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Mundo está “a perder a batalha” contra o ébola

02 set, 2014

A organização Médicos Sem Fronteiras está muito preocupada com o desenvolvimento da doença.

Os Médicos Sem Fronteiras consideram que o mundo está “a perder a batalha” contra a epidemia de ébola na África Ocidental.

A presidente daquela organização afirmou nas Nações Unidas, em Nova Iorque, que os líderes mundiais ignoraram as recomendações da Organização Mundial de Saúde, que há quase um mês declarou a epidemia da febre hemorrágica como uma “emergência de saúde pública”. Contudo, no entendimento dos Médicos Sem Fronteiras, os países ocidentais optaram por nada fazer.

No discurso proferido na ONU, que é citado pela agência France Presse, a presidente dos Médicos Sem Fronteiras pediu à comunidade internacional para financiar o envio de pessoal médico qualificado para a Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria, os países mais atingidos pela doença. A epidemia começou em Março, na África Ocidental, e já provocou a morte a mais de 1.500 pessoas.

O vírus transmite-se por contacto directo com o sangue e outros fluídos corporais ou tecidos de pessoas ou animais infectados. Ainda não há vacina conhecida para a doença, mas na segunda-feira a comissão de ética da Organização Mundial de Saúde aprovou o uso de tratamentos experimentais, definindo como condições "uma transparência absoluta relativamente aos cuidados".

A OMS estima precisar de 371 milhões de euros para conter a epidemia nos próximos seis meses. A prioridade é o tratamento da doença, a criação de centros de gestão da doença, a mobilização social e enterros seguros.