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É preciso reforçar o financiamento no combate à hepatite C

17 jul, 2014

Estudo sustenta que o elevado custo associado às novas terapêuticas exige novos modelos de financiamento e negociação.

É necessário aumentar o financiamento para o combate à hepatite C. A recomendação é do Consenso Estratégico para a Gestão da Hepatite C.

Ricardo Baptista Leite, coordenador do estudo apresentando esta quinta-feira, sustenta que o elevado custo associado às novas terapêuticas exige novos modelos de financiamento e negociação, que garantam o acesso aos medicamentos por parte dos doentes.

“Uma vez que estas terapêuticas prometem a cura, o Estado tem de se defender”, começa por dizer à Renascença, lembrando que existem “modelos de partilha de risco em que o Estado apenas paga em função dos resultados”. Por outro lado, devem ser definidos tectos orçamentais. “Que haja esse tecto claramente negociado com a indústria, de modo a garantir que o demais Orçamento do Estado para Saúde não fica prejudico pela introdução desta inovação”.

Ricardo Baptista Leite recorda que hoje em dia o Estado gasta cerca de 16 milhões de euros no tratamento com as terapêuticas disponíveis.

A prevalência estimada da hepatite C situa-se entre 1 e 1,5% da população portuguesa. Estudos internacionais apontam para que possam morrer no país entre 900 e 1.200 pessoas por ano, em consequência de complicações relacionadas com a doença.

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, é o convidado da edição especial do “Conselho de Directores”, mais logo a partir das 23h00, na Renascença, no espaço que conta com o habitual comentário de Graça Franco, Henrique Monteiro e Pedro Santos Guerreiro.