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"Caixa inteligente" portuguesa avisa que está na hora do comprimido

20 jul, 2014 • Ana Carrilho

"Startup" portuguesa vai ter ajuda de uma grande farmacêutica para fazer chegar o PharmaAssistant ao mercado.

"Caixa inteligente" portuguesa avisa que está na hora do comprimido

Está a chegar uma solução, produzida em Portugal, para aqueles que se esquecem sistematicamente de tomar os medicamentos a horas, chegando a pôr a vida em risco.

Um grupo de jovens empreendedores desenvolveu o PharmAssistant. É uma "caixa inteligente", que se liga a um "smartphone". Emite um sinal sonoro e visual quando está na hora do comprimido.

"Não é para controlar ninguém", explica um dos criadores e director executivo da empresa, Diogo Ortega, mas antes uma ferramenta para lembrar aos mais distraídos que têm que tomar os medicamentos a horas.

Com um sistema de monitorização "online", o sistema permite também que familiares, cuidadores ou profissionais de saúde saibam se os medicamentos foram tomados.

PharmAssistant foi uma das "startups" que se apresentou a concurso na Conferência de Lisboa sobre Empreendedorismo, na semana passada. No concurso promovido pela IE – Escola de Negócios, foi a preferida do júri, arrecadando um financiamento de 80 mil euros.

O prémio não é o primeiro que a PharmAssistant recebe. Um outro galardão conquistado vai levar a equipa para Berlim durante três meses. Na capital alemã, a PharmAssistant vai desenvolver o produto com a ajuda de uma grande farmacêutica.

Testes ainda este ano
Para já a empresa portuguesa está a aperfeiçoar o protótipo. Diogo Ortega espera começar os testes com utilizadores ainda antes do fim do ano. As parcerias com lares de idosos, residências assistidas e serviços de apoio domiciliário estão encaminhadas, em Portugal e no estrangeiro.

O CEO da PharmAssistant diz que a aplicação para "smartphone" deverá ser gratuita e o objectivo é que, futuramente, toda a solução (caixa e aplicação) também fiquem a custo zero para o utilizador.

E como é que isso será possível? "Através de parcerias com farmacêuticas e cadeias de farmácias que estejam dispostas a pagar o serviço" e a oferecê-lo aos seus clientes – apresentando, desta forma, uma "mais-valia" face à concorrência.