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Falta de enfermeiros pode ser mais evidente a partir de Maio

09 abr, 2014

Vice-presidente da Ordem diz que os concursos agendados para novas contratações servem para regularizar situações já existentes. Segundo as aposentações previstas vão sair 250 enfermeiros.

Falta de enfermeiros pode ser mais evidente a partir de Maio
Os enfermeiros que vão entrar para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) através dos concursos previstos podem não cobrir as necessidades, admite à Renascença o vice-presidente da Ordem dos Enfermeiros, Bruno Noronha.

“Estão a decorrer dois concursos – um na ARS Norte, outro na ARS Lisboa Vale do Tejo – para a contratação de cerca de 400 enfermeiros. Mas estes concursos visam, sobretudo, regularizar situações de trabalho que podemos considerar precárias”, explica.

“Os enfermeiros estavam a contrato a termo certo – três ou seis meses – e, abrindo este concurso, podem ver a sua situação regularizada e fazer parte do quadro da administração pública”, acrescenta.

De acordo com as listas de aposentações consultadas pela Renascença, 250 enfermeiros deixam o SNS de Janeiro a Maio. O mais provável é que as novas contratações não venham suprir as falhas e a partir de Maio a falta de enfermeiros seja ainda mais evidente nos hospitais.

Quanto a médicos, as aposentações apontam para 215 no mesmo período. Na segunda-feira, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, anunciou que o Governo pretende contratar 200 médicos para as especialidades de medicina geral e familiar, de modo a compensar, parcialmente, as saídas.

O Ministério da Saúde lidera a lista da Caixa Geral de Aposentações, que vai ter de pagar, a partir de Maio, mais 330 reformas, 23 delas acima de quatro mil euros.

A Renascença está a tentar obter mais esclarecimentos da parte da tutela.


[Notícia actualizada às 13h00]