Emissão Renascença | Ouvir Online

Ministro admite "escassez anormal da oferta" nos exames ao intestino

28 nov, 2013 • Liliana Monteiro

As denúncias de utentes da área da grande Lisboa que não conseguem fazer colonoscopias através do Serviço Nacional de Saúde não param de chegar, afirma Vítor Neves, presidente da Europacolon Portugal - Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino.

Vinte dias depois da ARS de Lisboa e Vale do Tejo ter confessado que desconhecia a situação, o ministro da Saúde confirma agora que é difícil marcar uma colonoscopia - exame ao intestino - na grande Lisboa e promete resolver o problema até ao final do ano.

“A colonoscopia é, claramente, uma situação preocupante, no sentido em que há uma escassez anormal da oferta desse tipo de serviços e essa escassez tem que ser ultrapassada”, disse Paulo Macedo aos jornalistas, esta quarta-feira.

O ministro referiu que “o caso na região de Lisboa é um microcosmos deste fenómeno global que existe em várias especialidades” e promete que os serviços vão “estar muito atentos e queremos corrigir essa situação até ao final do ano”.

As denúncias de utentes da área da grande Lisboa que não conseguem fazer colonoscopias através do Serviço Nacional de Saúde não param de chegar, afirma Vítor Neves, presidente da Europacolon Portugal - Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino.

Esta é uma realidade bem conhecida pelo bastonário da Ordem dos Médicos. José Manuel Silva diz que é mais uma consequência dos cortes “excessivos” na área da saúde.

Todos os anos surgem 7 mil novos casos de cancro no intestino. A colonoscopia é um exame de rastreio que deve ser feito a partir dos 50 anos.