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Combate à mortalidade infantil em África também se faz em português

20 ago, 2013 • Teresa Almeida

MOMI é um projecto internacional que envolve investigadores portugueses e que visa desenvolver os cuidados de saúde pós-parto em quatro regiões do continente africano.

A ajuda destina-se às futuras mães de países africanos, onde as taxas de mortalidade materna e infantil são muito elevadas. O “Missed Opportunities in Maternal and Infant Health” (MOMI) é um projecto internacional que pretende melhorar os cuidados de saúde pós-parto e conta com participação portuguesa.

Sofia Lopes é uma das duas investigadoras envolvidas na equipa e revela à Renascença que o projecto vai actuar, desde logo, “nos cuidados pós-parto imediatos, mas também nas intervenções para a detecção rápida de complicações, como a hemorragia e a infecção, bem como acções na área do planeamento familiar”.

O trabalho vai ser feito, essencialmente, junto de mulheres que dão à luz em casa e que, com o MOMI, terão acesso aos cuidados necessários.

Apesar da sua dimensão internacional, o MOMI é um projecto de acção local. “A base do projecto é utilizar os recursos existentes em cada país e envolver as pessoas que já pertencem a uma estrutura existente”, explica Sofia Lopes, prosseguindo: “Não vamos levar nada externo, nem equipamentos nem tecnologias novas. A ideia é envolver toda a gente local”. Deste modo, as instituições de saúde e outras estruturas desenvolvem-se de maneira autónoma.

O MOMI junta três países europeus e quatro africanos. Em Portugal, é o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto a colaborar no projecto.

Os países alvo vão ser Moçambique, Quénia, Malawi e Burquina Faso, onde as taxas de mortalidade materna e infantil são muito elevadas.