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IPSS

Cortes no sector da Saúde "estão a estrangular 100 instituições" de solidariedade social

25 mar, 2013

Quem presta serviços no tratamento de sida e hepatite, por exemplo, pode não sobreviver às restrições orçamentais do ministério, refere uma federação do sector.

Os cortes na área Saúde estão a colocar cerca de uma centena de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) em risco de encerramento. Em causa estão instituições que prestam serviços de saúde, em muitos casos na área da sida e hepatite.

De acordo com a Federação das IPSS da Saúde, a não abertura de concursos para financiamento este ano põe em causa o funcionamento das instituições.

"Há uma centena de instituições que neste momento estão a sofrer este estrangulamento financeiro. Quer na continuidade de projectos, quer na redução de serviços que prestavam. Há realmente muitas queixas de associações que não estão a conseguir manter o mesmo nível e qualidade de serviços", indica Maria Eugénia Saraiva, presidente da Liga Portuguesa contra a Sida e porta-voz da Federação das IPSS da Saúde. 

A preocupação já foi manifestada em Dezembro ao ministro da Saúde. Perante a ausência de medidas, Maria Eugénia Saraiva apela à intervenção de Paulo Macedo.
 
"Queremos ter mais respostas para ajudar as instituições que estão neste momento a atravessar esta crise. Aquilo que gostaríamos de ver era a abertura de concursos por parte do Ministério da Saúde, de acordos de convenção por parte do Ministério", diz Maria Eugénia Saraiva. 

"Estamos no primeiro trimestre e estamos a falar porque estamos preocupados", diz ainda a presidente da Liga Portuguesa contra a Sida e porta-voz da Federação das IPSS da Saúde.