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Sé de Lisboa vai ter obras para ser “espaço de memória viva” para a cidade

21 jul, 2015

As obras custarão cerca de cinco milhões de euros e devem arrancar dentro de um ano. Não se sabe ainda quanto será suportado pela Igreja e pelo Estado.

Sé de Lisboa vai ter obras para ser “espaço de memória viva” para a cidade
As obras que vão proporcionar visitas à zona inferior do claustro da Sé de Lisboa devem arrancar dentro de sensivelmente um ano.

No âmbito da iniciativa “Rota das Catedrais”, que já recuperou, através de mais de uma dezena de protocolos, outras grandes igrejas de norte a sul do país, chegou a vez da Sé na capital. Esta terça-feira, a Sé recebeu a visita do Patriarca de Lisboa e do secretário de Estado da Cultura, que apreciaram o que irá ser feito e visitaram as ruinas que vão ganhar nova vida.

São 2.700 anos de história que estão à luz do dia e que serão cobertas por uma laje, acolhendo um núcleo museológico e ligações interiores e até para o exterior.

As obras não vão começar em menos de um ano, explicou o secretário de estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier. “A obra não vai poder começar em menos de um ano ou um ano e meio. Não é possível, em termos de procedimentos legais, a disponibilização afectiva das verbas europeias, depois a possibilidade de afectação das verbas a concursos públicos, alguns deles internacionais, atendendo aos montantes envolvidos”, explicou.

O custo das obras está previsto em cinco milhões de euros. O Governo espera captar dois milhões em fundos comunitários, mas falta saber de onde virão os restantes três milhões.

Que fatia cobre o Estado e que fatia cabe à igreja? O Patriarca de Lisboa ainda não sabe, mas está convicto que as obras valem a pena. “Não tenho ideia precisa, mas isso serão pormenores técnico-financeiros que vamos ver com tempo. O que interessa é que estamos todos com esta ideia comum de proporcionar à cidade e à sociedade portuguesa um espaço único para a sua memória viva, do passado para o futuro. E com a boa-vontade de todos, apesar das actuais dificuldades, com certeza vamos chegar a bom termo”, disse o cardeal Clemente.