"Crianças precisam de se identificar com os pais e não com as ‘Violettas’ deste mundo"

A CP até reforçou os comboios, tantos foram os bilhetes vendidos para os seis concertos da Violetta, em Lisboa, entre esta sexta-feira e domingo, ao ritmo de dois por dia. A Renascença falou com uma psicóloga sobre o fenómeno.

A Disney apostou forte e transformou Violetta num verdadeiro caso de popularidade entre os jovens de todo o mundo. Tanta que, apesar da crise, os bilhetes vão dos 35 aos 79 euros.

Como explicar o sucesso deste novo sucesso em tempo de crise? A psicóloga Cristina Sá Carvalho começa por dizer que o fenómeno Violetta é apenas “um entre muitos”.

"A questão aqui é que é um fenómeno e um capricho caro e complexo de satisfazer, que teve uma adesão em massa. Em termos de valores, postura, estética é assim uma coisa 'soft' e mais ou menos aceitável, mas as crianças precisam de outro tipo de liderança", afirma Cristina Sá Carvalho.

A psicóloga defendem que as crianças "precisam de se identificar com o pai e com a mãe e não com as Violettas deste mundo".

Cristina Sá Carvalho dá o exemplo do fenómeno Hannah Montana, a artista norte-americana que fez sucesso em filmes e espectáculos infantis e que depois deu uma volta de 180 graus na carreira. Passou a responder pelo nome de Miley Cyrus e a estar permanente envolvida em polémicas.
 
"Um dia as Hannah Montanas transformam-se em Miley Cyrus", adverte a especialista.