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Um dia para celebrar a fotografia

18 ago, 2014

Instituto Português de Fotografia propõe um "raid" matutino e outras iniciativas para comemorar o Dia Internacional da Fotografia.

Um dia para celebrar a fotografia

Um percurso fotográfico através das ruas de Lisboa e Porto, retratos dos turistas e de outros tempos são algumas das propostas para quem quiser celebrar o Dia Internacional da Fotografia, que se assinala esta terça-feira.

O Instituto Português de Fotografia inicia as comemorações, às 4h30, com um percurso fotográfico a "lugares emblemáticos" de Lisboa e do Porto.

O Arquivo Fotográfico da Câmara de Lisboa, por seu lado, encerra as comemorações da data ao fim da tarde, com a apresentação do catálogo da obra de Artur Pastor, resultante da mostra do fotógrafo, que está patente no Arquivo Municipal de Lisboa e no Museu da Cidade, até ao próximo dia 31.

O "raid" matutino do Instituto Português de Fotografia (IPF) tem acompanhamento de profissionais e é seguido de uma acção de "spoters", a partir das 5h30, para a observação de aeronaves, e do "workshop" "O turista perfeito", que vai prosseguir até às 17h00.

Esta acção - "O turista perfeito", oficina "avançada de fotografia" - prevê que, "através do retrato de rua", seja "construído um conjunto de retratos dos turistas que habitam a cidade".

"Fotógrafo de família", a decorrer das 10h00 às 17h00, "Fotografia de outros temos", sobre o mundo da imagem a preto e branco, das 10h00 às 13h00, e "Fotógrafo júnior", para crianças, das 15h00 às 17h00, são outras oficinas do IPF, a realizar na instituição, em Lisboa, e na sua sede, no Porto.  

A celebração do Dia Mundial da Fotografia tem origem na invenção do processo fotográfico conhecido como daguerreótipo, por Louis-Jacques-Mandé Daguerre (1787-1851), apresentado na Academia de Ciências e Artes de Paris, a 19 de Agosto de 1839.

Espólio de Artur Pastor online
O arquivo fotográfico de Lisboa assinala Dia Mundial da Fotografia, a partir das 18h00, com uma mostra de originais de daguerreótipos e com o lançamento do catálogo digital da arte de Artur Pastor, que passa a estar disponível para consulta no site do Arquivo Municipal.
 
Nascido em Alter do Chão, em 1922, Artur Pastor fez o curso de Regente Agrícola, em Évora, cidade onde desenvolveu a paixão pela fotografia, no trabalho com protagonistas da época, como António Passaporte. 
 
Desde o início da década de 1940 até perto da morte, em 1999, Artur Pastor dedicou mais de seis décadas ao quotidiano português, testemunhando a sua transformação, do Algarve, onde prestou o serviço militar, ao Douro e a Trás-os-Montes, fotografando populações, a geografia e a iconografia das diferentes regiões. 
 
"Nas imagens de Pastor têm particular relevo os trabalhos agrícolas, a investigação agrícola, as pescas e as paisagens rural e urbana de Portugal, estando sempre presente a sua visão humanista da sociedade", destaca o arquivo municipal.  
 
Artur Pastor fez a primeira exposição individual, "Motivos do Sul", em 1946, a que se sucederam outras mostras, e dois álbuns de fotografia, "Nazaré", em 1958, e "Algarve", em 1965. Na década de 1990 inventariou o património edificado português. Finalizou o seu percurso com uma reportagem da Expo'98.  
 
O catálogo "Artur Pastor" conta com textos do fotógrafo Luís Pavão e dos investigadores Cristiana Bastos, Marcos Fernandes e Maria Carlos Radich, e de Artur Pastor (filho).

A apresentação da obra realiza-se na terça-feira, no Arquivo Municipal, à rua da Palma, em Lisboa, a partir das 19h00, com Luís Pavão, Cristiana Bastos e o filho de Artur Pastor.