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Morreu Robin Williams. Um génio da comédia que também fazia chorar

11 ago, 2014

“O Clube dos Poetas Mortos” e “Bom Dia, Vietname” foram alguns dos filmes que marcaram a carreira do actor norte-americano.

Morreu Robin Williams. Um génio da comédia que também fazia chorar
Foi o professor que todos gostaríamos de ter tido, o psicólogo que nos obrigou a perder o medo, o eterno rapaz que nos fez sonhar de novo. Das personagens mais excêntricas às que pareciam carregar o mundo às costas, das mais sensíveis às completamente sinistras, da comédia ao drama, Robin Williams deixa uma paleta de cores irreproduzíveis na tela do cinema dos últimos 30 anos. O actor foi encontrado sem vida esta segunda-feira na sua casa, na Califórnia.
O actor Robin Williams morreu esta segunda-feira. O comediante, de 63 anos, foi encontrado sem vida na sua casa, no norte da Califórnia.

A notícia já foi confirmada pela polícia de Marin County. As autoridades admitem a possibilidade de suicídio por asfixia, mas as causas da morte continuam a ser investigadas. A autópsia e outros exames periciais estão previstos para esta terça-feira.

Robin Williams estava a "combater uma severa depressão", de acordo com o seu agente, em declarações citadas pelo site Entertainment Weekly. "É uma perda trágica e repentina. A família pede que respeitem a sua privacidade numa altura muito difícil e dolorosa", acrescenta.

A mulher do actor já emitiu uma declaração: “Esta manhã, perdi o meu marido e melhor amigo, enquanto o mundo perdeu um dos seus actores mais amado e um ser humano maravilhoso”, afirma Susan Schneider.

"O meu coração está destroçado. Em nome da família do Robin, pedimos privacidade durante este momento de profunda dor. Na hora de o recordar, esperamos que as atenções não se centrem na morte do Robin, mas nos inúmeros momentos de alegria e riso que ele proporcionou a milhões de pessoas", sublinha.


"Carpe Diem"

O vale glaciar do Zêzere
Williams na pele de professor no filme "O Clube dos Poetas Mortos. Foto: DR

“O Clube dos Poetas Mortos”, de 1989, é um dos filmes que marcou a carreira do actor nascido a 21 de Julho de 1951, em Chicago. Nesta película, Robin Williams interpreta o papel de John Keating, um professor irreverente que vai dar aulas de poesia para uma escola onde predominam os valores conservadores e tradicionais. Keating ensina o amor pelas letras e pela vida aos seus alunos, que passam a ter como lema a expressão "carpe diem" (aproveitem o dia). 

“Bom Dia, Vietname”, que estreou nos cinemas em 1988, onde faz de radialista de uma estação militar, foi outro dos filmes emblemáticos protagonizados pelo actor norte-americano.

Robin Williams conquistou um Óscar para melhor actor secundário em 1997, pelo seu desempenho na película “O Bom Rebelde”, em que vestiu a pele de um psicólogo que tenta aproveitar o talento de um jovem problemático (Matt Damon) ao mesmo tempo que luta contra os seus fantasmas pessoais.

Com um historial de episódios de abuso de drogas e álcool, o actor tinha dado entrada num centro de reabilitação do Minnesota, no mês passado, para continuar a manter a sobriedade.

Os seus representantes garantiram na altura que Williams não tinha voltado a utilizar drogas ou álcool, mas tinha dado entrada na clínica para “afinar e focar” a sua sobriedade depois de um período de agenda muito carregada.

Robin Williams estava envolvido em vários projectos. O filme “Uma Noite no Museu - Parte 3”, em que veste a pele de Theodore Roosevelt, chega aos cinemas em Dezembro.

Robin Williams casou há três anos com Susan Schneider e tinha três filhos de anteriores casamentos.

[notícia actualizada às 02h46]