10 out, 2013
O prémio Nobel da Literatura foi atribuído à escritora Alice Munro, que vai receber um prémio de 925 mil euros. A Academia de Ciências Sueca classifica-a como "a mestre dos contos contemporâneos".
Com 82 anos, a canadiana começou a escrever na década de 60, quando estava casa e levava uma típica vida de dona de casa. Num momento de insatisfação, aproveitando a sesta dos filhos, deu os primeiros passos como escritora.
Alice Munro nasceu numa pequena aldeia de Ontário e, como a própria contou, teve uma infância claustrofóbica, quase como se vivesse ainda no século XIX.
À Renascença, o crítico literário, José Mário Silva, fala numa contadora de histórias única que capta a vida simples das pessoas.
O seu mais recente livro tem o título "Amada Vida" e foi editado no ano passado. "Fugas" e "O Amor de uma Boa Mulher" são outros dos seus principais títulos.
Nos últimos 10 anos, o Nobel da Literatura distinguiu nomes como o chinês Mo Yan (2012), o sueco Tomas Tranströmer (2011), o peruano Mario Vargas Llosa (2010), a alemã de origem romena Herta Müller (2009), o francês Jean-Marie Gustave Le Clézio (2008), a britânica Doris Lessing (2007), o turco Orhan Pamuk (2006), o britânico Harold Pinter (2005), a austríaca Elfriede Jelinek (2004) e o sul-africano J.M. Coetzee (2003).
A língua portuguesa foi laureada uma única vez, em 1998, com a atribuição do prémio ao escritor José Saramago, justificada pela Academia sueca com o facto de o escritor, "com parábolas sustentadas em imaginação, compaixão e ironia, permitir mais uma vez apreender uma realidade evasiva".