Emissão Renascença | Ouvir Online

Carlos Tê

Como "Chico Fininho" contrariou o seu destino

26 mai, 2013 • Maria João Costa

Carlos Tê, um dos letristas mais famosos da música portuguesa, foi ao LeV - Festival de Literatura em Viagens partilhar histórias das músicas que ajudou a construir.

Em Matosinhos, no LeV, o Festival Literatura em Viagem, a noite de sábado foi de homenagem a Carlos Tê, o homem por trás de muitas das letras de Rui Veloso. Foi para provar que não era possível cantar em português que escreveu um dos êxitos mais conhecidos da música nacional.

“Aquilo começou por ser uma brincadeira. O Chico Fininho foi uma canção que eu tinha desde 1976, ‘77, e era uma cancão que tocava assim numas festas de anos. ‘Toca aí aquela do gajo da cantadeira’. Eu tocava essa canção como uma espécie de amostra de como o português pode soar mal, ou seja, era a minha tese de como era impossível cantar em português, e aquilo funcionou ao contrário”, conta Carlos Tê.

Na homenagem, por onde passaram alguns cúmplices do trabalho de Carlos Tê, o letrista explicou estas e outras histórias por trás das suas “esculturas musicais”: “O processo de escrever canções obedece sempre à mesma dinâmica: ou seja, tem que se ter uma ideia e depois procurar adequá-la e trabalhar até a coisa atingir uma pequena peça, uma pequena escultura de madeira, sei lá”.