Portugueses entre os europeus mais crentes em Deus

Os portugueses são dos povos europeus que  mais crêem em Deus, de acordo com os dados disponibilizados pelo Portal da Opinião Pública (POP).

Mas esta relação já foi melhor. Na última década baixou de 96% para 86%, indica este projecto da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que sistematiza dados dispersos em diversos inquéritos oficiais, realizados a nível europeu, nas últimas duas décadas.

Mais crentes que os portugueses, só os polacos, os italianos e os irlandeses. Mas seja qual for o país, aqueles que acreditam em Deus superam claramente os que crêem no céu, no inferno, no pecado ou na vida depois da morte.

São também os italianos, os portugueses e os irlandeses que dão mais importância à religião, a rondar 3, numa escala de 1 a 4.

Curiosa é a situação dos países de Leste resultantes da queda dos antigos regimes comunistas. É neles, e sobretudo na Bulgária, que a importância da religião, a crença em Deus e o papel da Igreja está a ganhar relevo.

Ao contrário, nos países ocidentais a tendência é a para a queda. Já para não falar do Norte da Europa, em que o papel da Igreja e da Religião chega a ser quase irrelevante.

Mais de 85% dos portugueses assumem-se como católicos, são dos mais assíduos na oração e na frequência dos serviços religiosos, mais uma vez, a par da Irlanda.

Praticamente metade dos inquiridos referenciados pelo Portal da Opinião Pública considera que a religião dá resposta a problemas familiares, assim como a problemas morais.

E como é que está a relação de confiança dos europeus com a Igreja? A tónica dominante é a de grande estabilidade dentro dos países, ao longo das últimas duas décadas. Os portugueses são dos que mais confiam, mas nos últimos dez anos essa confiança foi uma das mais abaladas na Europa.