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Ex-mordomo do Papa tinha fascínio por sociedades secretas

03 out, 2012

Investigadores do caso "Vatileaks" dizem que o arguido roubou documentos encriptados, pondo em perigo algumas operações do Vaticano.

Ex-mordomo do Papa tinha fascínio por sociedades secretas
O julgamento de Paolo Gabriele, que se realiza numa sala de tribunal no Vaticano, continuou hoje com a terceira sessão, na qual foram interrogados os polícias que procederam às buscas em casa do arguido.

Segundo o testemunho dos agentes o ex-mordomo de Bento XVI tinha um fascínio pelo oculto, por sociedades secretas, como a maçonaria e por serviços secretos. Os polícias dizem ainda que os documentos roubados do apartamento do Papa estavam marcados para destruição e que alguns estavam encriptados, colocando assim em perigo a segurança da Santa Sé.

Ainda segundo os polícias Paolo Gabriele sabia como esconder ficheiros no computador e como usar o telemóvel de forma “secreta”.

Gabriele é acusado de furto agravado e, caso seja condenado, incorre numa pena que pode chegar aos quatro anos de detenção. Bento XVI tem sempre a possibilidade, contudo, de o perdoar e conceder um indulto.
 
O ex-mordomo está detido desde Maio, acusado de ter furtado do gabinete do secretário do Papa várias cartas, despachos e mensagens secretas, algumas das quais destinadas ao próprio Bento XVI. Da acusação também consta o roubo de um cheque de 81 mil euros (100 mil dólares) dirigido ao Papa.