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Sacerdotes têm "de ser genuínos"

05 set, 2012 • Paula Costa Dias

No simpósio Nacional do Clero, o bispo de Bragança – Miranda diz que as novas tecnologias e as novas linguagens não passam de meios de apresentar o mesmo mistério que é Jesus Cristo.

Sacerdotes têm "de ser genuínos"
Contra a falta de vocações e o afastamento das pessoas da Igreja a receita é ser de acordo com o Evangelho de Jesus Cristo. A mensagem foi hoje deixada em Fátima pelo mais novo bispo de Portugal, à margem do Simposio nacional do Clero.

Sem receitas milagrosas, o bispo da diocese de Bragança-Miranda disse, à margem do simpósio, que decorre até sábado, que os sacerdotes têm de ser genuínos e dar verdadeiro testemunho do evangelho de Jesus Cristo.

Mesmo assim, admitiu que algumas mudanças na linguagem e nas celebrações podem ajudar: “Acho que não é preciso fazer mais nada, é preciso é ser. Ser de um modo autêntico, sério, feliz, alegre, porque nós não inventamos nada de novo. Podem-se encontrar novas linguagens, novo ardor, mas tudo isso são meios, porque a finalidade, o objectivo e o mistério são o mesmo, Jesus Cristo. Só nesta configuração é que é possível viver o ministério, se não é uma função.”

Um desafio difícil perante a falta de tempo dos padres, reconheceu D. José Cordeiro: “Temos de encontrar tempo para Deus, a oração é isso, é tempo para Deus porque é tempo para nós, para depois fazer bem para nós e para os outros. Quanto mais se faz menos se pensa, é preciso pensar porque se não também corremos um risco, se não vivermos como pensamos acabamos por pensar como vivemos”

Refira-se que, na diocese de Bragança-Miranda, uma das formas utilizadas para facilitar a situação foi criar unidades pastorais que, agregando várias paróquias, são geridas por um padre, religiosos e leigos.