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Provedora das crianças sugere “circuncisão simbólica” na Noruega

06 ago, 2012

Na Áustria foram retomadas as circuncisões em hospitais públicos, depois de suspensas nalgumas regiões por preocupações legais.

A provedora das crianças na Noruega sugeriu, em entrevista ao jornal 'Vart Land', que judeus e muçulmanos substituíssem a circuncisão cirúrgica das suas crianças por um gesto “simbólico”, argumentando que a operação é medicamente desnecessária e viola o direito à integridade física dos menores.

Segundo a lei judaica todos os rapazes devem ser circuncidados ao oitavo dia depois de nascer. Os muçulmanos, que também praticam a circuncisão, não têm uma data fixa mas tendem a circuncidar os seus filhos na infância também.

A sugestão de Anne Lindboe não tem peso de lei, mas surge uma altura em que vários países europeus debatem a questão da circuncisão. Este debate foi espoletado pela decisão de um tribunal distrital alemão de proibir a prática da circuncisão na cidade de Colónia. A decisão foi fortemente criticada por grupos judaicos e muçulmanos, e também por representantes de outras religiões, bem como políticos e governantes e é natural que os tribunais de instância superior a invertam, ou que a lei acabe por ser clarificada politicamente para permitir a circuncisão.

Mas os efeitos já se começaram a alastrar. Na Áustria e na Suíça vários hospitais suspenderam as circuncisões por motivos religiosos, no primeiro caso por decisão política de uma região, no caso da Suíça por decisão interna de dois hospitais, um em Zurique e outro na cidade de St. Gallen.

No caso da Áustria a decisão já foi invertida depois do ministério da Justiça ter escrito uma nota a esclarecer que não há qualquer problema legal na prática da circuncisão religiosa.