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Entrevista Zsolt Semjen

“Não aceitamos lições vindas de qualquer parte"

12 mai, 2012 • Aura Miguel

O vice-primeiro-ministro húngaro, de passagem por Portugal para a cerimónias do 13 de Maio, conta porque um país que escapou do comunismo voltou a enraizar-se firme e constitucionalmente na tradição cristã.

“Não aceitamos lições vindas de qualquer parte"
“É uma Constituição que corresponde às tradições húngaras. E não aceitamos lições vindas de qualquer parte", defende Zsolt Semjen, vice-primeiro-ministro húngaro, em entrevista à Renascença.

“Na questão da defesa da vida humana, a Constituição estabelece que o embrião é considerado vida humana. Como tal, a vida humana é protegida a partir do momento da concepção”, explica o político, que veio da Hungria para assinalar o 13 de Maio em Fátima.

A Constituição da Hungria provocou polémica em Bruxelas junto da Comissão Europeia, mas Zsolt Semjen refere que o documento respeita, acima de tudo, as tradições cristãs do país.

"É o resultado da vontade na nação húngara e o resultado lógico da história da Hungria. A constituição começa com a palavra Deus, citando a primeira linha do Hino húngaro, que diz ‘Deus abençoa os húngaros’.”

O vice-primeiro ministro húngaro sustenta também que a esquerda europeia, de raiz jacobina, não aceita a maioria absoluta da direita húngara. "O povo húngaro escolheu o Governo de centro-direita com uma maioria de dois terços. E essa mesma maioria fez uma constituição cristã”, lembra.

“A esquerda europeia de origem jacobina não consegue aceitar o facto de que a direita possa ter uma maioria absoluta. Também não consegue aceitar o facto de um país que se libertou do comunismo volte às raízes cristãs e aos fundamentos cristãos," finaliza.

O vice-primeiro-ministro húngaro Zsolt Semjen está de passagem por Portugal para estar presente nas cerimónias do 13 de Maio.