Hoje há mais vocações e missionários, mas não chega, diz D. Virgílio

22 abr, 2012

Arranca hoje a Semana Nacional das Vocações. Bispo de Coimbra fala das necessidades da Igreja e de como temos hoje um novo sentido de missão.

Hoje há mais vocações e missionários, mas não chega, diz D. Virgílio
A Igreja precisa de mais sacerdotes, alerta o presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios.

Em entrevista à Renascença, no dia em que arranca mais uma Semana Nacional das Vocações, D. Virgílio Antunes reconhece todavia que há um dinamismo missionário grande entre os jovens e que as vocações até têm crescido nalguns institutos religiosos e seminários.

“Há seminários que têm uma população hoje bastante maior do que nas décadas precedentes e alguns institutos religiosos, que se apresentam com um certo carácter de novidade, também têm vocações”, explica o bispo de Coimbra.

O responsável da Comissão Episcopal das Vocações reconhece que as mudanças sociais levaram a uma reconfiguração da ideia de missão: “Há um dinamismo missionário muito grande, mas em termos bastante diferentes dos tradicionais. Hoje há muitos jovens e adultos que se disponibilizam para um tempo de missão, enquanto antigamente as pessoas decidiam-se por uma vocação missionária para a vida toda, é um sinal da transitoriedade dos compromissos dentro da sociedade e dentro da Igreja.”

A Igreja tem necessidade de mais padres e religiosos, explica, mas não só. “Há sinais novos, mas são sinais que não nos deixam tranquilos nem quietos, uma vez que a Igreja tem necessidade de vocações sacerdotais, missionárias, de consagração, mas tem também necessidade de muitos leigos comprometidos.”

A entrevista a D. Virgílio Antunes pode ser ouvida mais logo no programa "Princípio e Fim", a partir das 23h30 na Renascença.