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Faz hoje anos que Deus foi “condenado à morte” por um tribunal soviético

17 jan, 2012

Por detrás do esquema de propaganda estava Anatoly Lunacharsky, que mais tarde foi embaixador soviético em Espanha.

O julgamento durou cinco horas. No banco reservado ao réu colocou-se uma Bíblia e foi feito um enorme rol de acusações.

O processo, ao bom estilo de tribunal popular, teve direito a uma defesa. Os advogados que representavam o Senhor alegaram, entre outras coisas, que o arguido sofria de “grave demência e perturbações psíquicas”, devendo por isso ser considerado inimputável.

Lunacharsky, que se sentava no lugar de juiz, não se deixou levar por estas conversas e, no final, leu a sentença. Deus foi dado como culpado por genocídio e crimes contra a humanidade e condenado à morte.

Na manhã seguinte, nesse ano de 1918, um pelotão de fuzilamento disparou vários tiros para o céu de Moscovo.

Mais tarde Lunacharsky, que era um grande estudioso das religiões, foi nomeado embaixador junto da Segunda República de Espanha. Morreu em França, a caminho do seu posto.