Papa pede fim da violência na Síria

O Papa manifestou-se hoje muito preocupado com a violência e a tensão que atinge alguns países de África e do Médio Oriente.

No encontro com o Corpo Diplomático, acreditado junto da Santa Sé, Bento XVI referiu-se aos países que no último ano viveram a chamada "Primavera Árabe", mas apelou, em particular, ao fim da violência na Síria: “Convido a comunidade internacional a dialogar com os actores dos processos em curso no respeito com as pessoas e estando conscientes que a construção de sociedades estáveis e reconciliadas, por oposição a toda a discriminação injusta, nomeadamente de ordem religiosa, constitui um horizonte mais vasto que os prazos eleitorais”.

Bento XVI referiu-se especificamente à Síria, país que está a braços com uma revolta que dura há meses e que já causou milhares de mortos: “Estou muito preocupado com as populações desses países, onde a hostilidade e os actos de violência continuam, em particular a Síria, onde desejo um rápido fim do derramamento de sangue, e o início de um diálogo frutuoso entre as forças políticas, encorajado pela presença de observadores independentes”.

O Papa referiu-se, também, à crise económica e social, reafirmando que pode ser uma oportunidade de mudança.

“A crise pode e deve ser um estímulo para reflectir sobre a existência humana e sobre a importância da sua dimensão ética, mesmo antes de pensar nos mecanismos que governam a vida económica. Não somente para procurar as causas das perdas individuais, ou das economias colectivas, mas para encontrar novas regras que permitam viver dignamente e desenvolver benefícios para a comunidade como um todo”, pediu Bento XVI.