06 jan, 2012 • Aura Miguel
Quatro dos 22 novos cardeais hoje anunciados pelo Papa têm mais de 80 anos, pelo que, num futuro conclave, não serão eleitores.
No grupo de não eleitores, três nem sequer são bispos: passam directamente de sacerdote a cardeal, pelo seu mérito e serviço à Igreja. Um deles, Julien Ries, famoso professor de História da Igreja, tem 91 anos.
Assim, com direito a voto há 18 novos eleitores – mais do que as vagas que existiam. Ou seja, desde Paulo VI que o número limite para o Colégio Cardinalício é de 120, mas já no pontificado de João Paulo II esse número foi por vezes ultrapassado, tendo em consideração a idade de alguns dos seus membros, próximos dos 80 anos.
É o caso deste Consistório. Até hoje, havia 12 vagas por preencher, mas os seis lugares que sobram rapidamente se desvanecerão, porque, até ao fim de 2012, há seis cardeais que completam 80 anos.
Do ponto de vista geográfico, há uma forte predominância europeia e, particularmente, italiana: entre os 18 novos eleitores, 12 são europeus, seis deles italianos.
De resto, quatro são da América e dois asiáticos. Desta vez, o continente africano fica de fora.
A predominância das nomeações vai para os dez cardeais que ocupam cargos na Cúria Romana. Dois deles falam a língua de Camões: o português D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor, e o brasileiro D. João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para a Vida Consagrada.
Fique por dentro > 
