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Gesto do Papa mostra "Igreja de coração aberto a acolher" quem praticou o aborto

01 set, 2015 • Ana Lisboa

Ao alargar a absolvição do aborto a todos os padres, "o Papa quer dizer que o perdão de Deus nunca é negado", afirma o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, Pedro Vaz Patto.

Gesto do Papa mostra "Igreja de coração aberto a acolher" quem praticou o aborto

O gesto do Papa, de alargar a todos os sacerdotes a faculdade de absolvição do pecado do aborto, é "simbólico" e mostra que a Igreja está de coração aberto para os que praticaram o aborto, afirma o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz.

"É um gesto simbólico. A Igreja nunca negou o perdão às mulheres que praticam o aborto e estão arrependidas, só que este perdão estava condicionado à intervenção do bispo ou de um sacerdote especialmente autorizado pelo bispo", explica Pedro Vaz Patto em declarações à Renascença

Com esta decisão por ocasião do Ano Jubilar da Misericórdia, "o Papa quer dizer que o perdão de Deus nunca é negado", sublinha.

"Temos que distinguir sempre o erro e a pessoa que erra e, em relação às mulheres que praticaram o aborto, a Igreja está de coração aberto a acolhê-las no seu arrependimento e no seu sofrimento, dá-lhes esta oportunidade de experimentarem o amor de Deus", afirma o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz.

O Papa Francisco decidiu alargar a faculdade de absolvição do pecado do aborto a todos os sacerdotes durante o Ano Jubilar da Misericórdia, que se inicia em Dezembro e dura até Novembro de 2016.

Apelando a uma maior consciência do "drama do aborto", Francisco inclui entre as indicações para o Jubileu Extraordinário da Misericórdia uma disposição particular para "as mulheres que recorreram ao aborto", recordando que o perdão de Deus "não pode ser negado a quem quer que esteja arrependido".