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Papa. Morte de 71 refugiados na Aústria “ofende toda a família humana”

30 ago, 2015

Durante a oração deste domingo na Praça de São Pedro, no Vaticano, fez-se um minuto de silêncio por todos os migrantes que perderam a vida.

Papa. Morte de 71 refugiados na Aústria “ofende toda a família humana”
Durante a oração deste domingo na Praça de São Pedro, no Vaticano, fez-se um minuto de silêncio por todos os migrantes que perderam a vida. Recordou as 71 pessoas, alegadamente refugiados sírios, que morreram asfixiadas num camião que foi encontrado na semana passada numa autoestrada da Áustria, quando tentavam entrar no país.

O Papa recordou este domingo no Vaticano as 71 pessoas, alegadamente refugiados sírios, que morreram asfixiadas num camião que foi encontrado esta quinta-feira numa autoestrada da Áustria, quando tentavam entrar no país.

“Confiamos cada uma delas à misericórdia de Deus e pedimos-lhe que nos ajude a cooperar com eficácia para impedir estes crimes, que ofendem toda a família humana”, disse Francisco na recitação da oração do Ângelus.

O Papa o cardeal Christoph Schönborn, arcebispo de Viena, presente no Vaticano, e uniu-se a toda a Igreja Católica na Áustria “na oração pelas 71 vítimas, entre elas quatro crianças, encontradas num camião na autoestrada Budapeste-Viena”.

O Papa recordou ainda todos os que, “nos últimos dias perderam a vida nas suas terríveis viagens”. “Rezo e convido a rezar por estes irmãos e irmãs”, assinalou, antes de pedir um momento de oração em silêncio, por “todos os migrantes que sofrem e pelos que perderam a vida”.

Fim da perseguição a cristãos
O Papa voltou ainda a falar das perseguições contra cristãos que ocorrem em várias partes do mundo, exigindo o fim da violência e o respeito pela liberdade religiosa de todos.

“Há mais mártires [hoje] do que nos primeiros séculos [do Cristianismo]”, alertou Francisco qye desafiou a comunidade internacional a “fazer alguma coisa” para que “se ponha fim à violência e aos abusos”.

Os episódios de violência ou discriminação contra as comunidades cristãs têm-se verificado em particular na Síria, Iraque, Paquistão, Nigéria ou China, com destaque para a acção de grupos fundamentalistas como o autoproclamado ‘Estado Islâmico’ ou o ‘Boko Haram’.