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Sandes de fiambre vale 11 dias de prisão a soldado israelita

04 jun, 2015

As regras alimentares judaicas proíbem o consumo de carne de porco. As Forças Armadas acabaram por anular a condenação do militar: “Há espaço para todos”, esclarece um oficial.

Sandes de fiambre vale 11 dias de prisão a soldado israelita
Um soldado israelita foi condenado a 11 dias de prisão quando os seus superiores descobriram que tinha levado para o quartel uma sanduíche de fiambre.

O militar, cujo nome não foi divulgado, tinha chegado há pouco tempo dos Estados Unidos e terá sido a sua avó quem lhe preparou o farnel.

As regras alimentares judaicas proíbem o consumo de carne de porco, entre outras coisas, e as Forças Armadas aderem oficialmente a essas leis, apesar de nem todos os soldados serem judeus e de nem todos os judeus serem praticantes. Não há informações sobre a religião do soldado em questão.

Este caso é um reflexo de uma divisão social que existe em Israel. O país é oficialmente judaico e os sectores mais conservadores querem que as leis civis reflictam mais claramente as religiosas, enquanto outra parte da sociedade preferia que o estado fosse mais secular. A carne de porco vende-se livremente no país.

O caso acabou por se tornar público e causou alguma polémica. O exército mudou a sentença, anulando a pena de prisão e confinando o militar à sua base. Contudo, mesmo essa sanção acabou por ser revogada e a condenação anulada.

Em resposta à crise gerada, um general afirmou no Facebook que tudo não tinha passado de um mal-entendido: “Enganámo-nos. As Forças Armadas vão continuar a respeitar as regras alimentares judaicas, por um lado, mas por outro, não vamos andar a analisar o conteúdo das sanduíches dos nossos soldados. Existem tensões na sociedade israelita e há diferentes posições e opiniões. Há lugar para todos nas Forças de Defesa israelitas”.